segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Morro de inveja (Poema de Antônio LaCarne)


Morro de inveja (Poema de Antônio LaCarne)



À meia-noite eu deitei na cama e rolei na madrugada sob os lençóis do abandono enquanto, ao deus-dará, eu me perdia na cidade entre o asfalto, o calor insuportável, adolescentes maquiavélicos e suas calças jeans grudadas ao corpo que nem eu, ou os deuses mais próximos, seriam capazes de alcançar. Mas quem sabe, num universo paralelo, Mercúrio seria o centro do universo onde cachoeiras de fogo rompem o amor que você joga no lixo. O amor por você é uma espécie de bruxa que sofre horrores, encara uma super barra e dança sozinha na noite. Você é bruxa num castelo sem homens, sem músculos, sem a piedade das esquinas. Morro de inveja de você, de mim, de todas as mentiras. Morro de inveja do quadrado, do oceano Pacífico e das pérolas aos porcos.




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