segunda-feira, 4 de julho de 2016

Soneto Eletrofobia



Turbinas são feitas de desejos engarrafados
Grandes hélices cruzando sonhos deformados
Carne cortada ao meio liberta a Alma
Redemoinho da palavra fluída.

Na Fabriqueta da contra-máquina tem duas Placas:
“Proibido jogar chaves de grifos (e Afins) na Engrenagem!”
“Proibido Gerar Lixo no Recinto!”
Não se para o tempo, Maquina burra.

Flua nessa pangeia ilusória
Reflua como cosmo que se extingue
 Para alguns é a cadeira elétrica que julga.

Indefeso, Julgaram-te forte e sábio
Criança replicante dentro do relógio injusto
O futuro lhe brilha nos olhos com raiva


(Tiago Malta – Sonetos Reunidos)

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